Uma nota publicada na revista Máxima recomenda, a quem pratica atividade física, um cuidado especial com o consumo de cálcio, que seria perdido pelo suor durante o exercício. Entretanto, embora haja, de fato, perda do mineral ao suar, isso não é nada significativo, segundo a reumatologista Vera Lucia Szejnfeld, membro da Comissão de Osteoporose da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Vera esclarece que a perda de cálcio realmente substanciosa ocorre pelas fezes e pela urina, e não pela transpiração. “Dos 900 mg perdidos todos os dias, pelo menos 800 mg vão por essas duas vias”, explica. Pelo suor, apenas cerca de 40 mg de cálcio se esvaem diariamente, num cotidiano normal, o que até pode aumentar um pouco na atividade física, de acordo com a reumatologista, mas nada comparado ao que se perde por meio da urina e das fezes. Então, para ter um balanço positivo de cálcio, diz Vera, há necessidade de consumir pelo menos 1.000 mg do mineral por dia. Para tanto, a melhor maneira é ingerir leite e seus derivados, a exemplo de iogurtes e queijos. E não importa se o leite é desnatado, lembra ela. O nível de cálcio presente no produto é o mesmo que o existente no integral ou no semidesnatado.
Mas, além dos lácteos, existe a alternativa das folhas verdes, como a rúcula e a couve folha, para repor o mineral. “Só que, para essa opção equivaler a um copo de leite, que tem cerca de 300 mg de cálcio, é preciso comer pelo menos um prato cheio dessas verduras”, avisa a reumatologista.