Mais um alerta a favor da cintura fina. Mulheres obesas que sofrem de artrite têm propensão mais elevada que os homens para a incapacidade na velhice. Foi o que demonstrou um estudo da Universidade de Duke, nos EUA, segundo reportagem publicada no Jornal de Araraquara há alguns dias. Para chegar a essa conclusão, foram analisadas taxas de incapacidade em 5.888 homens e mulheres com mais de 65 anos.
O objetivo era aferir se pessoas com 70 anos ou mais poderiam correr maratonas ou jogar tênis, bem como verificar seu nível de comprometimento ao realizarem atividades básicas do dia a dia, tais como andar dentro de casa, sair da cama, tomar banho, vestir-se, etc. Com esse propósito, os pesquisadores constataram que a população feminina avaliada apresentava um risco 83% maior de tornar-se deficiente ou incapaz de realizar essas atividades quando comparada com a masculina. A artrite foi encontrada em um terço desse grupo com risco mais elevado, no qual 57% eram mulheres, e, considerando-se todos os pacientes avaliados, a obesidade mórbida foi cerca de quatro vezes mais comum no sexo feminino.
Comentando o estudo, a coordenadora da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a reumatologista Licia Maria Henrique da Mota, esclarece que a obesidade traz mesmo uma série de riscos para a saúde em geral, aumentando a probabilidade de morte por doenças cardiovasculares. “A ocorrência de obesidade em pacientes com artrite pode reduzir a qualidade de vida e elevar o risco de mortalidade”, avisa.
Como caminho para o controle do peso corporal e para a prevenção de problemas futuros, a reumatologista recomenda hábitos saudáveis de vida, incluindo dieta balanceada e atividade física regular. “São providências de extrema importância para quem tem artrite reumatoide”, sublinha.
Jornalista responsável: Maria Teresa Marques