23/05/2011
A Arterite de Takayasu é uma vasculite (inflamação da parede dos vasos sanguíneos) crônica que afeta a maior artéria do corpo humano, a aorta, e seus ramos primários. A palavra “arterite” significa inflamação em artéria, não devendo ser confundida com “artrite”, que quer dizer inflamação em articulação. O nome “Takayasu” deve-se ao fato do primeiro relato da doença ter sido feito em 1908 num encontro da Sociedade Japonesa de Oftalmologia pelo Dr. Mikito Takayasu. Desde então, vem sendo diagnosticada em aproximadamente 1 a 3 pessoas por milhão de habitantes por ano segundo estatísticas dos Estados Unidos, Europa e Japão; considerada, portanto, uma doença de ocorrência rara.
Do ponto de vista epidemiológico, afeta predominantemente mulheres (80 a 90% das pessoas afetadas são do sexo feminino), com idades entre 10 a 40 anos.
No início da doença, sintomas gerais tais como fadiga, perda de peso e febre baixa, podem ser as únicas manifestações. Depois, pode ocorrer redução da temperatura em uma ou mais extremidades (braços ou pernas) e dor durante o uso das mesmas (conhecida como claudicação). Menos comumente ocorre dor nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, tontura, desmaios, diminuição da visão, falta de ar e dor no peito ou no abdômen. O médico, durante a consulta, poderá constatar diminuição ou mesmo ausência completa de pulsação nas artérias de uma ou mais extremidades; pressão arterial diferente entre os braços; hipertensão arterial (pressão alta); e sopros nas artérias ou no coração.
Exames complementares podem auxiliar no diagnóstico como os exames de sangue indicativos de processo inflamatório: VHS e Proteína C Reativa, que podem estar elevados; o hemograma pode mostrar anemia. Estas alterações podem ou não estar presentes nesta doença; assim como podem ter outras causas que não a Arterite de Takayasu. Exames de imagem como a arteriografia, a angiografia por tomografia computadorizada e a angiografia por ressonância magnética auxiliam no diagnóstico e seguimento: diversas alterações podem ser observadas, tais como: estreitamentos, obstruções ou dilatação das artérias afetadas.
A causa da doença não é conhecida e o diagnóstico é feito por médico habilitado, por exemplo um especialista em Reumatologia, através da consulta e avaliação de exames complementares que julgar necessários em cada caso. O médico procurará confirmar se o quadro é mesmo o de Arterite de Takayasu ou de alguma outra doença com manifestações parecidas com as dela, como por exemplo a arterite de células gigantes (arterite temporal), a displasia fibromuscular, a Síndrome de Ehlers-Danlos, o excesso de ergotamina, ou infecções das artérias por tuberculose ou sífilis.
Trata-se de doença crônica e sem cura conhecida.
O tratamento prescrito pelo médico inclui o uso de corticosteróides visando diminuir a inflamação e estacionar a doença. Outros medicamentos, tais como o metotrexato e a azatioprina, ou mais raramente a ciclofosfamida, o micofenolato de mofetil e a leflunomida, também podem ser utilizados se necessário para o controle satisfatório da doença. Em certos casos é preciso restabelecer o fluxo sanguíneo prejudicado pelo estreitamento das artérias, o que é feito através do procedimento de angioplastia e/ou de cirurgia de revascularização. Uma cirurgia para reparo ou substituição da válvula aórtica pode ser necessária se ela tiver sido afetada pela dilatação da aorta.
Um exame que vem sendo proposto por alguns estudiosos como potencialmente vantajoso na avaliação das artérias afetadas pela doença é a Tomografia por Emissão de Pósitrons (“PET scan”), a qual visa avaliar melhor a inflamação das artérias. Entretanto, estudos mais conclusivos são necessários antes que este exame seja incluído na rotina diária de avaliação e/ou no acompanhamento de pacientes com Arterite de Takayasu. O tratamento à base de agentes antagonistas do TNF (“anti-TNF”, fator de necrose tumoral), tais como o etanercepte, o adalimumane e o infliximabe vêm apresentando resultados animadores em estudos preliminares naqueles pacientes que não tiveram resposta satisfatória ao uso dos tratamentos convencionais, porém mais estudos são necessários para definir o seu papel exato no tratamento da Arterite de Takayasu.
Última atualização (23/05/2011)
Boa noite, meu nome é Ane, e tenho arterite de takaiasu ,descobri a 10 anos e há coloquei 6 stent 5 nos braços artérias sub clavias e um na perna,fiz angiotomogragia a pouco tempo e contatou que está estacionada, do tomo anticoagulante por causa dos stents ,graças a Deus estou bem e não tive mais nenhum sintoma, vou só dermatologista a cada 6 meses e estou muito bem sem corticoides.