Nesta quinta-feira, 7, a Comissão de Seguridade Social e Família, realiza audiência pública, na Câmara dos Deputados, para discutir Projeto de Lei do Senado, que prevê a autorização da prescrição da ozonioterapia como tratamento médico de caráter complementar em todo o território nacional.
Em carta aberta à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), do Senado Federal, senadores, entidades médicas e setoriais, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) se manifestou contrária à adoção da ozonioterapia como terapia complementar ao tratamento de artrite reumatoide (AR), pois não há evidência científica suficiente sobre sua segurança e eficácia a longo prazo. Na carta, datada de outubro – e assinada pelo presidente da entidade, Dr. Georges Christopoulos, a SBR pondera que não há estudos suficientes que demonstrem a eficácia dessa alternativa de tratamento para a artrite reumatoide, como não são conhecidos os seus potenciais efeitos lesivos a longo prazo.
Em minucioso levantamento bibliográfico sobre o tema, foram encontradas poucas referências científicas que justifiquem a adoção da ozonioterapia como ferramenta eficaz e segura para o tratamento da AR – desses, somente um estudo foi realizado em humanos e numa população restrita (30 pacientes). O levantamento bibliográfico abrangeu publicações existentes nas bases MEDLINE, SciELO, PubMed e EMBASE até setembro de 2017.
A ozonioterapia consiste na mistura, em determinadas concentrações, de ozônio e nitrogênio, com aplicação por vias específicas – sendo totalmente proibida sua inalação ou aplicação por via respiratória, por ser extremamente nociva, podendo causar de lacrimejamento à morte em minutos dependendo da concentração usada.