No Dia Nacional de Luta contra as Doenças Reumáticas, celebrado em 30 de outubro, a Sociedade Brasileira de Reumatologia alerta que o diagnóstico precoce a o tratamento adequado podem manter a qualidade de vida do paciente.
Dores e inchaço nas articulações estão entre os sintomas mais comuns das doenças reumáticas, um grupo de mais de 120 enfermidades, que acometem as juntas, ossos, músculos cartilagens e tendões, além da pele e dos sistemas respiratório e gastrointestinal. As doenças reumáticas têm um forte impacto no sistema de saúde do País. Só entre setembro de 2019 a agosto de 2020, mais de 100 pessoas por dia foram internadas em hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) com sinais e sintomas compatíveis com alguma enfermidade reumática, conforme revela o Datasus1. No total, foram 40.014 hospitalizações.
Caso não sejam tratadas, essas enfermidades podem causar uma série de limitações e levar à incapacidade física, provocando o afastamento do trabalho e a aposentadoria precoce. Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMU-USP)2 demonstrou que, em 2014, as doenças reumáticas lideraram as concessões de benefícios da Previdência Social, com 19% dos auxílios-doenças e 13,15% das aposentadorias por invalidez.
Por isso, o Dia Nacional de Luta contra do Reumatismo é um bom momento para que as pessoas conheçam mais essas enfermidades que acometem homens e mulheres e são erroneamente atribuídas a idosos. “Boa parte das doenças reumáticas surge por volta dos 35 e 40 anos, no auge da vida profissional dos pacientes”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), José Roberto Provenza.
Nos adultos, as doenças reumáticas mais frequentes são oesteoartrite (artrose), artrites, espondiloartrites (como espondilite anquilosante, que pode ser manifestar por uma simples dor nas costas); em crianças, é artrite idiopática juvenil. Se surgir algum sintoma, as pessoas devem procurar o reumatologista. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado asseguram melhor qualidade de vida e maior sobrevida aos pacientes”, complementa o presidente da SBR.
Para saber mais sobre doenças reumáticas, acesse: https://bit.ly/3mCAwHx. Em caso de dúvida, procure um reumatologista, com link em nossa home.
Referências
- Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def
- Passalini, Thaisa et Fuller, Ricardo. Public social security burden of musculoskeletal diseases in Brasil-Descriptive study. Assoc. Med. Bras. vol.64 no.4 São Paulo Apr. 2018