Em carta aberta à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), do Senado Federal, e a entidades médicas e setoriais, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) se manifestou contrária à adoção da ozonioterapia como terapia complementar ao tratamento de artrite reumatoide (AR), pois não há evidência científica suficiente sobre sua segurança e eficácia a longo prazo. A legalização da prescrição da ozonoterapia será objeto de consulta pública, prevista para ser iniciada ainda neste mês de outubro, por solicitação, por requerimento, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO).
Na carta assinada pelo presidente da entidade, Dr. Georges Christopoulos, e endossada pelo seu diretor científico, José Tupinambá, e pela Comissão Científica em AR, coordenada por Dra. Licia Mota, a SBR pondera que não há estudos suficientes que demonstrem a eficácia dessa alternativa de tratamento para a artrite reumatoide, como não são conhecidos os seus potenciais efeitos lesivos a longo prazo.
Em minucioso levantamento bibliográfico sobre o tema, foram encontradas poucas referências científicas que justifiquem a adoção da ozonoterapia como ferramenta eficaz e segura para o tratamento da AR – desses, somente um foi realizado em humanos e numa população restrita (30 pacientes). O levantamento bibliográfico abrangeu publicações existentes nas bases MEDLINE, SciELO, PubMed e EMBASE até setembro de 2017. Para a íntegra da carta encaminhada às autoridades, acesse aqui.