Médica da Sociedade Brasileira de Reumatologia Gecilmara Pileggi afirma que faixa etária, tipo da doença e se está em atividade ou controlada, devem ser fatores considerados antes da imunização
A jornalista Priscila Torres, de 40 anos, convive com artrite reumatoide desde os 26 anos. A doença provoca fadiga e dor de cabeça. Em junho do ano passado, Priscila contraiu a Covid-19 e, além de muito cansaço, teve 25% do pulmão comprometido. Ela não precisou ser internada, mas tanto a jornalista quanto o médico acharam que era uma reativação da doença. Parte do grupo de risco, Priscila afirma que não vê a hora de tomar a vacina contra o coronavírus. “Na minha família, nós perdemos uma pessoa pelo coronavírus, e a vacina representa para nós a garantia de que cada dia mais será diminuída a chance de qualquer família do mundo passar pelo que nós passamos. Como paciente com artrite reumatoide, não tenho medo de tomar a vacina, tenho medo do coronavírus”, diz a jornalista.
Priscila deverá compartilhar a decisão de tomar a vacina com seu médico, já que as enfermidades podem apresentar desregulação imune por causa da doença, explica a médica da Sociedade Brasileira de Reumatologia Gecilmara Pileggi. “Quais as características que precisam ser consideradas para a decisão do melhor momento para a vacinação destes pacientes? Seriam a faixa etária, o tipo da doença, se está em atividade ou controlada, qual o tipo da medicação utilizada, quanto tempo usa essa medicação… Porque em algumas situações, por exemplo, se o paciente está bem, controlado, é jovem, usa medicações que não oferecem um risco maior à desenvolver formas graves de Covid, esses pacientes poderiam esperar para se vacinar junto com a população”, afirma. É recomendável que pacientes acima dos 60 anos em que a artrite reumatoide não esteja controlada, tomem a vacina o quanto antes, sempre com o aval do médico.
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