Dor nas costas é um dos principais sintomas e o diagnóstico precoce ajuda a evitar as sequelas
O dia mundial de conscientização da Espondiloartrite Axial (EpA) ou Espondilite Anquilosante (EA) é celebrado em 7 de maio. A data foi criada para aumentar a conscientização sobre essa doença inflamatória crônica, que afeta principalmente a coluna vertebral, causando dor e rigidez. É mais frequente entre os homens com manifestações dos primeiros sintomas no final da adolescência.
Um dos principais sintomas da Espondiloartrite Axial é a lombalgia baixa (dor nas costas e nos glúteos) pela manhã, ao acordar. Diferente das dores musculares e vertebrais por traumas e desgaste, que pioram com exercícios, essa dor melhora com a atividade física. A doença pertence a um grupo de doenças chamadas de espondiloartrites (EpA), que apresentam características comuns, como comprometimento inflamatório da coluna vertebral. Afeta principalmente o esqueleto axial (cabeça, caixa torácica e coluna vertebral). Qualquer segmento da coluna vertebral ode ser acometido, mas a região lombar é a mais frequente.
A Espondiloartrite Axial (EpA) afeta mais homens. Normalmente, os pacientes desenvolvem os primeiros sinais da doença no início da idade adulta (17 aos 35 anos de idade). Porém, o diagnóstico, pelas dificuldades clínicas, acaba sendo realizado muitas vezes após esta idade.
O diagnóstico rápido evita complicações
O diagnóstico é feito pela história familiar do paciente, por queixas dos sintomas e por exames de imagens. Muitas vezes, estes sintomas não são muito exuberantes e podem passar despercebidos pelo clínico. Isso atrasa o diagnóstico, levando então as lesões permanentes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), detectar precocemente a Espondiloartrite Axial (EpA) ou Espondilite Anquilosante (EA) ajuda a evitar as sequelas que podem vir depois meses e anos de tratamento não adequado. Sem a assistência adequada, ocorre a calcificação dos ligamentos que fazem parte dos tecidos moles da coluna vertebral. Isso deixa a coluna sem mobilidade, levando o paciente a ter dificuldade de deitar-se, entrar em um carro, assim como compromete sua qualidade de vida.
A etiologia da Espondiloartrite Axial ainda não é totalmente conhecida. Hoje, acredita-se que ela seja uma associação entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais.
Como é feito o tratamento
O tratamento da Espondiloartrite Axial deve ser realizado de forma individualizada, de acordo com os sintomas da doença e as características do paciente, como a presença de comorbidades (doenças associadas) e fatores psicossociais. O objetivo é melhorar dor, rigidez, fadiga, mobilidade e flexibilidade, além de prevenir dano estrutural à coluna vertebral e preservar usa função. Para isso, é prescrita uma associação de remédios e atividades físicas.
A Espondiloartrite Axial é uma doença crônica e incurável, então é fundamental educar o paciente para entender a doença e ter adesão ao tratamento medicamentoso, fisioterapia constante e atividade física diária.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) disponibiliza gratuitamente uma cartilha com foco no esclarecimento e orientação sobre a doença Espondiloartrite Axial, com linguagem simples e informativa para leigos. O material para download está disponível no site: www.reumatologia.org.br
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Assessoria de Imprensa | Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
Jô Ribeiro | jo.ribeiro@finestracomunicacao.com.br | (11) 97625-2858