No Dia Nacional de Luta Contra Doenças Reumáticas, celebrado em 30 de outubro, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) alerta que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem manter a qualidade de vida do paciente.
Dores e inchaço nas articulações estão entre os sintomas mais comuns das doenças reumáticas, um grupo de mais de 120 enfermidades, que podem levar à incapacidade física do paciente e compõem uma das principais causas de afastamento do trabalho, se não diagnosticas e tratadas de forma adequada.
As doenças reumáticas acometem o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Algumas dessas doenças também podem comprometer outras partes do corpo humano como rins, coração, pulmão, pele, sistema circulatório, cérebro e sistema nervoso central (SNC) . Entre os sintomas estão dor persistente e inchaço nas articulações, que podem levar à deformidade nos pés e mãos, desgaste nas cartilagens e nos ossos.
Entre as doenças mais comuns estão a osteoartrite [mais conhecida como artrose], fibromialgia, osteoporose, gota, tendinite, bursite, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), lombalgias, espondiloartrites (como espondilite anquilosante, que pode ser manifestar por uma simples dor nas costas) e artrite reumatoide. A osteoartrite ou artrose é uma doença reumática que, segundo a Organização Mundial de Saúde, acomete cerca de 18% das mulheres e 10% dos homens com mais de 60 anos. Além disso, representa de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). A doença causa muita dor e acaba impondo limitações no dia a dia dos pacientes, sendo responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho no país, conforme dados da Previdência Social no Brasil.
De acordo com o reumatologista Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), o diagnóstico precoce é fundamental e os tratamentos para as doenças reumáticas disponíveis hoje podem aumentar muito a qualidade de vida do paciente. “Doenças reumáticas são doenças autoimunes, aquelas patologias em que o próprio organismo se incompatibiliza ou não reconhece suas próprias células”, explicou.
O presidente da SBR chama atenção também nesta data de conscientização que as doenças reumáticas afetam pessoas de todas as faixas etárias. “É mito que as doenças reumáticas afetam apenas idosos, quanto mais esclarecida a população estiver, mais rápido o diagnóstico e o tratamento para manter a qualidade de vida dos pacientes. As doenças afetam as pessoas nas mais diversas faixas etárias”, explica.
Ele esclarece ainda que são mais comuns nos jovens e nas crianças o diagnóstico de artrite idiopática juvenil (AIJ), até pelo comprometimento que se inicia antes dos 16 anos de idade, compreendem também alguns tipos de artrites com diferentes manifestações, mas o principal sintoma é o processo inflamatório na articulação levando a dor, ao inchaço e a rigidez. Há outras patologias como a febre reumática (FR), o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), a dermatopolimiosite (DMP), a esclerodermia (ESP), a fibromialgia juvenil e as vasculites, que são doenças autoinflamatórias, que afetam também em que as crianças e jovens e podem ter quadros de febres intermitentes, febres cíclicas também associadas com dores nas articulações.
A data de conscientização é bastante importante para lembrar e reforçar as pessoas para que conheçam mais as enfermidades reumáticas que acometem homens, mulheres, jovens, crianças e idosos. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado asseguram melhor qualidade de vida e maior sobrevida aos pacientes”, complementa Rocha Loures, presidente da SBR.
Sobre a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) é uma associação civil científica de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 15 de julho de 1949, na cidade do Rio de Janeiro, pelos médicos Herrera Ramos, Waldemar Bianchi, Pedro Nava, Israel Bonomo, Décio Olinto e outros, tendo mantido desde então sua tradição científica, acompanhando e promovendo o desenvolvimento da especialidade no Brasil e com um importante papel também internacional, especialmente entre os países da América Latina. Filiada à Associação Médica Brasileira, conta em torno de 2 mil associados, congrega 26 sociedades regionais estaduais, assessorias e comissões científicas e representações em associações nacionais e internacionais e junto ao Ministério da Saúde.
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