Autoria: Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles
20/04/2011
O que é a Síndrome da Fadiga Crônica?
Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) é uma condição de diagnóstico clínico cujo principal sintoma é a presença de fadiga (cansaço) intensa que pode piorar com a atividade física ou mental, mas não melhora com o repouso. Ou seja, o paciente sente-se persistentemente cansado sem uma causa aparente, independente da quantidade de repouso que realize. Embora na maioria dos casos a causa seja desconhecida, fatores estressantes orgânicos (infecções) ou psicológicos podem desencadear o início dos sintomas. O tratamento deve ser direcionado para um melhor controle dos sintomas e muitos pacientes podem se recuperar da SFC com o passar do tempo.
Quais os principais sintomas da SFC?
O principal sintoma é a fadiga. Outros sintomas importantes são: dificuldade com a memória ou concentração, dor de garganta, presença de gânglios (íngua) dolorosos no pescoço ou nas axilas, dores musculares e nas juntas, dor de cabeça e sono não reparador. O termo síndrome refere-se a um conjunto de sinais ou sintomas, logo inúmeros outros podem estar presentes, como: dor abdominal, dor no peito, tosse crônica, diarréia, tonturas, boca seca, náuseas, irritabilidade, depressão, transtornos de ansiedade, formigamento, olho seco, além da perda ou ganho de peso.
Qual a evolução da SFC?
A evolução é variável. Após atingir um pico de intensidade os sintomas podem permanecer estáveis e diminuir com o passar do tempo, havendo a possibilidade de períodos de melhora e piora. Alguns pacientes podem se recuperar completamente.
Qual a importância em consultar um médico?
A fadiga pode é um sintoma comum a diversas doenças, como infecções, distúrbios endócrinos, cardiovasculares, respiratórios e mesmo psicológicos. Quanto mais precoce o diagnóstico melhor o tratamento e a evolução.
Quais as causas da SFC?
Diferentes possíveis causas têm sido propostas, incluindo: a depressão, a anemia ferropriva, a hipoglicemia, a mononucleose, as disfunções glandulares e as doenças auto-imunes.
Quem é mais acometido pela SFC?
O diagnóstico é mais comum em mulheres por volta dos 40-50 anos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico e de exclusão, ou seja, é feito baseado nos achados da história clínica e exame físico, além de afastar outras doenças, como por exemplo: o hipotireoidismo, a apnéia do sono, a depressão e os efeitos colaterais a medicamentos.
Como deve ser tratada?
Não há um tratamento específico para a SFC. As medidas visam controlar os sinais e sintomas, utilizando uma combinação de tratamentos:
1) Moderação para as atividades diárias: o paciente deve reorganizar seu cotidiano, evitando o estresse físico e psicológico. Entretanto, o sedentarismo deve ser combatido.
2) Exercícios físicos: devem ser estimulados, porém, o início deve ser lento e a progressão gradual.
3) Terapia cognitivo-comportamental: ajuda a reconhecer as crenças e comportamentos negativos que podem dificultar a melhora, substituindo-os por atitudes saudáveis e positivas.
4) Tratamento da depressão e ansiedade: caso esteja presente deve ser tratada. Os antidepressivos também podem ajudar a melhorar o sono e aliviar a dor.
5) Tratamento da dor.
6) Tratamento dos problemas de sono.
7) Outros tratamentos úteis: acupuntura, meditação, técnicas de relaxamento, alongamentos, ioga e tai chi.
8) Cuidado com as ofertas de tratamentos milagrosos ou naturais, na maioria das vezes não são comprovados e nem sempre são seguros. Sempre discuta estes tratamentos com seu médico de confiança.
9) Participar de grupos de apoio para pacientes com SFC pode ser útil.
Última atualização (20/04/2011)
Oi Debi, tbm tenho a fibromialgia e meus sintomas são identicos aos seus…Não possuo ânimo para nada, nem vida social mais tenho pois estou sempre indisposta.
Boa tarde.
Para quem tem os sintomas e já estudou alguma coisa sobre a síndrome, a barreira principal é a falta de informações e a dificuldade de saber onde encontrar um especialista que, de fato, conheça e trate a SFC.
Seria muito importante uma ajuda d SBR em divulgar quem são e onde estão os especialistas capazes de nos ajudar com diagnóstico e tratamento. Ficamos tateando, às cegas, sem sabermos para qual médico ir.
Obrigada.