Reportagem veiculada na revista Saúde, da Editora Abril, traz explicações sobre um recurso que pode favorecer muito as mulheres que sofrem de lúpus eritematoso sistêmico (doença inflamatória que provoca manchas na pele). A dica é que as pacientes lancem mão de produtos de maquiagem, processo que fez parte de um estudo conduzido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em setembro.
Participaram do estudo 17 voluntárias que tiveram inicialmente de responder à pergunta: “Qual o impacto das manifestações cutâneas do lúpus na sua vida?”. Em seguida, receberam um kit de produtos e foram orientadas a aplicá-los todos os dias. Após 12 semanas, elas voltaram ao consultório e passaram por uma reavaliação. Deste momento em diante, podiam fazer uso da maquiagem quando quisessem. Quatro meses depois, todas preencheram um segundo questionário, em que contavam o impacto da camuflagem cosmética (nome utilizado durante a pesquisa) na vida delas.
A reportagem da revista detalha ainda que, primeiramente, as pacientes relataram sentimentos negativos sobre as cicatrizes do lúpus: palavras como tristeza, vergonha, depressão e discriminação foram bastante mencionadas. Mas, ao final, as 17 mulheres sofreram uma mudança positiva na autoimagem e na autoestima. E isso ocorreu até mesmo naquelas que afirmavam não sentir um impacto negativo das lesões na pele. “Hoje não saio sem usar a maquiagem. Minha autoestima aumentou muito. Não tenho mais vergonha das minhas manchas. Vou a qualquer lugar, sem medo de ficarem me olhando”, relatou uma das voluntárias, que teve o nome mantido em sigilo.
Ao final do texto, a revista Saúde faz porém um alerta: antes de passar base, blush e corretivo na pele, é importante conversar com o médico e conferir se determinados itens não atrapalham o tratamento do lúpus. Se o doutor der o ok, a maquiagem vira uma aliada valiosa para resgatar a alegria e a confiança.