Cientistas da Universidade da Flórida e de Oklahoma, nos EUA, concluíram, após estudo, que a ameixa seca é benéfica à estrutura óssea devido à presença de potássio na fruta. A conclusão veio após testes feitos com mulheres que já passaram da menopausa e que consumiram dez unidades de ameixa diariamente. Os resultados mostraram, segundo os pesquisadores, que o consumo ajuda a diminuir em 11% a incidência de fraturas e em 6% os casos de osteoporose, doença que afeta os ossos. A comprovação do benefício, porém, ainda não pode ser plenamente aceita, conforme explica a coordenadora da Comissão de Doenças Osteometabólicas e Osteoporose da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a reumatologista Rosa Maria Pereira, visto que, segundo ela, é a primeira vez que um teste desse tipo foi feito com humanos – os anteriores, realizados pelos mesmos autores, envolveram apenas animais. Para a validação do estudo em questão, prossegue a médica, seriam necessários outros testes similares, com os mesmos resultados. “No momento, ainda não podemos recomendar a ameixa seca como benéfica para problemas de osteoporose”, salienta. Em relação aos nutrientes da fruta, a médica esclarece que é conhecido o fato de a ameixa conter magnésio e vitamina K, dois elementos importantes para os ossos. Mas, quanto ao potássio, enfatiza Rosa Maria, ainda há poucos trabalhos para que se possa concluir que ele pode diminuir a perda de cálcio. Nas conclusões do estudo, existem também declarações dos autores quanto à maior eficiência da ameixa seca em relação a outras frutas, como as tâmaras ou as uvas passas, mas aqui também a reumatologista faz restrições: “Não existe ainda nenhum trabalho envolvendo o consumo dessas frutas, portanto não dá para saber o efeito delas na estrutura óssea.” Assim, se a ideia de quem ler os dados do estudo for recorrer ao consumo de potássio na alimentação como meio eficaz de combater a osteoporose, a reumatologista recomenda outro caminho. “É muito mais importante manter uma dieta rica em cálcio e vitamina D”, sublinha.
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