Em resposta a centenas de pacientes que manifestam dúvidas e estão alarmados com a divulgação de estudos sobre antimaláricos, como cloroquina e hidroxicloroquina, no tratamento de COVID-19, a SBR reforça que seu uso em doenças reumáticas, como lúpus eritematoso, artrite reumatoide, síndrome de Sjogren e algumas vasculites tem eficácia e segurança comprovadas, sendo administrado por mais de 50 anos.
“Nossos pacientes estão receosos com a ampla divulgação de estudos sobre a ineficácia dos antimaláricos no tratamento de Covid-19 e acabam por interromper seus tratamentos – o que não devem fazer, sob risco de agravarem a sua doença reumática”, adverte Dr. José Roberto Provenza, presidente da SBR.
Dr. Provenza alerta que seu uso nas doenças reumáticas, principalmente lúpus, mesmo em gestante, pode melhorar os sintomas, prevenir eventos trombóticos e reduzir riscos renais, entre outros benefícios – “além de seu custo baixo favorecer a adesão do nosso paciente ao seu tratamento, que é para toda a vida”.
“As doenças reumáticas são crônicas, utilizam dosagens diferentes do que aquelas que vinham sendo indicadas para Covid-19, uma síndrome aguda que requer um tratamento emergencial. No paciente reumático, com prescrição médica para seu uso, os antimaláricos, principalmente a hidroxicloroquina, podem melhorar o estado geral. São quadros clínicos bastante diferentes, sendo que no paciente reumático seu uso é bastante conhecido e eficaz”.
Histórico – Cloroquina e hidroxicloroquina são derivados sintéticos da quinina, com uso inicial par o tratamento de malária – daí , a denominação de antimaláricos. Na segunda guerra mundial vários soldados com malária foram tratados e observou-se que erupções cutâneas e artrite também melhoravam com essas drogas. Desde então o papel destes fármacos no tratamento de doenças reumáticas ficou estabelecido.
No Brasil(*), as indicações aprovadas para esses medicamentos são: afecções reumáticas e dermatológicas, artrite reumatoide (inflamação crônica das articulações); artrite reumatoide juvenil; lúpus eritematoso sistêmico; lúpus eritematoso discoide (lúpus eritematoso da pele); condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar; e malária.
A SBR recomenda que, em caso de dúvida, os pacientes conversem com seus médicos. Para saber mais sobre doenças reumáticas, acesse www.reumatologia.org.br e para mais informação sobre cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes reumáticos, acesse https://www.reumatologia.org.br/noticias/sbr-esclarece-duvidas-sobre-uso-de-antimalaricos-por-pacientes-reumaticos/