SBR explica que pacientes reumáticos em tratamento com cloroquina ou hidroxicloroquina não ficam “naturalmente” imunizados contra COVID-19
Com os números de casos e óbitos no Brasil por COVID-19 em alta, ainda é frequente surgirem fake news sobre o possível (e errôneo) efeito preventivo de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes que seguem tratamento regular, por prescrição médica, com estes anti-maláricos, como os pacientes de lúpus. Para combater esse tipo de informação surgiu o Projeto Comprova, que reúne jornalistas de 24 veículos de imprensa de todo o país, “que tem como meta descobrir, investigar e explicar rumores, conteúdo forjado”.
Em entrevista para o Comprova, Dr. Edgard Reis, reumatologista, professor da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e coordenador da Comissão de Lúpus da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), apresentou dados que indicam que a hidroxocloroquina e a cloroquina não são seguras, nem criam uma barreira de prevenção em pacientes em tratamento com tais medicamentos: “A COVID-19 tem um status inflamatório agudo, que é único da própria doença, ou seja, é diferente do status inflamatório crônico de algumas doenças autoimunes. Na COVID-19, o paciente tem uso concomitante de várias outras medicações que podem levar a uma interação medicamentosa que pode propiciar o aparecimento de eventos adversos. Sabemos dos benefícios da hidroxicloroquina no lúpus, mas também sabemos que não é protetora para COVID-19”, explica Dr. Reis.
Dr. Edgar Reis detalhou o Estudo Mario Pinotti 2, que analisa pacientes de 20 centros universitários, de nove estados brasileiros e mais o Distrito Federal. O nome do projeto é uma homenagem a Mario Pinotti, médico sanitarista e estudioso da cloroquina para o tratamento da malária, uso original da substância.
O artigo já foi publicado por vários veículos de imprensa, entre os quais UOL, Estadão, O Povo e Correio da Bahia.
Para saber mais sobre o Projeto Comprova, acesse https://bit.ly/3h6YhGd
Íntegra do artigo sobre Lúpus e Cloroquina, pelo Projeto Comprova