A Comissão Científica de Dor, Fibromialgia e outras Lesões de Partes Moles, da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) – atenta ao seu papel de informar e prestar esclarecimentos sobre as especificidades das doenças reumáticas -, aguarda, com grande expectativa, estudos clínicos complementares (duplo-cegos com placebo controlado e randomizados), sobre a eficácia de equipamento que associa laser e ultrassom, para controle da dor da fibromialgia. A ação deste aparelho seria por meio de aplicação na palma da mão do paciente, como vem sendo noticiado. Entretanto, a SBR lembra que, pela abrangência do conhecimento atual, sobre os mecanismos da fibromialgia que envolvem predominantemente alterações no processo da dor no sistema nervoso central, não é possível concluir que intervenções de aparelhos com atuação na periferia do sistema nervoso (como na palma da mão) possam reduzir, de forma significativa, a intensidade e extensão da dor na fibromialgia.
A fibromialgia é uma doença reumática complexa, em que o paciente sente, de forma exacerbada, dores por todo o corpo e por longos períodos, com sensibilidade nas articulações, músculos, tendões e em outros tecidos moles. Junto com a dor, a fibromialgia pode causar fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, ansiedade e depressão.
A SBR reforça que estimula e aplaude toda e qualquer pesquisa que leve a descobertas científicas que possam proporcionar, melhoria da vida dos pacientes de doenças reumáticas, sobretudo àqueles impactados por dores crônicas.