Maio marca o Dia de Conscientização da Fibromialgia e esta é mais uma oportunidade para reforçar que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem promover qualidade de vida, aliado a exercícios físicos e uma vida produtiva
Cerca de 5% da população pode sofrer cronicamente com dores pelo corpo, ao ponto de temer abraços e evita o toque. A dor, persistente e difusa, é sentida, com maior frequência, nos músculos. A esse quadro, soma-se, também, um sono não reparador. Ainda que essas pessoas tenham muitas horas de sono, simplesmente não acordam descansadas. O quadro descreve os principais sintomas da fibromialgia, que tem o seu dia em 12 de maio. A data é importante para informar a sociedade sobre como diagnosticar o problema, desmistificá-lo e informar os tratamentos possíveis para enfrentá-lo.
Até poucos anos atrás, acreditava-se que as dores dos pacientes de fibromialgia fossem consideradas imaginárias. Mas, exames e pesquisas recentes apontam que as dores, efetivamente, são causadas por uma disfunção no cérebro que resulta em uma amplificação dos impulsos dolorosos.
Estima-se que a doença atinge principalmente mulheres em sua idade produtiva – entre 30 e 55 anos: estima-se que a cada dez pacientes com fibromialgia, entre sete e nove são mulheres. No entanto, também pode acometer crianças, jovens e idosos de ambos os sexos. Ainda não se sabe o que desencadeia o problema, cujo diagnóstico deve ser feito através da história clínica e um detalhado exame físico conduzidos por um médico especialista.
A boa notícia é que a fibromialgia não causa danos às articulações, aos músculos, ou órgãos internos. Deve-se evitar a automedicação, com anti-inflamatórios e analgésicos, e buscar tratamento para a dor – em muitos casos, prescreve-se o uso de antidepressivos e neuromoduladores, pois contribuem para aumentar a quantidade de neurotransmissores que diminuem a dor. Também é aconselhável a prática regular de atividades físicas, sob orientação médica.
É importante que o paciente fique ativo e produtivo e siga a recomendação médica – para controle da doença e do quadro depressivo, que pode ser decorrente da própria doença, recomenda a Comissão Científica de Dor, Fibromialgia e Partes Moles da SBR.
Para mais informação, baixe a cartilha sobre fibromialgia preparada pela SBR, em https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/fibromialgia-e-doencas-articulares-inflamatorias/