A iniciativa é da Comissão de Doenças Endêmicas e Infecciosas da SBR que esclarece que as orientações ainda não são uma recomendação absoluta
A Comissão de Doenças Endêmicas e Infecciosas da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) divulgou dois documentos com orientações gerais no auxílio da prática clínica de reumatologia ou médicos que atendem pacientes com Doenças Reumáticas Imunomediadas (DRIM). Entre as questões apresentadas estão itens como: A decisão sobre a vacinação contra SARS-CoV-2 deve ser individualizada, levando em consideração a faixa etária, a doença reumática autoimune de base, os graus de atividade e imunossupressão, além das comorbidades.
Mas quais seriam os grupos prioritários? Os pacientes com DRIM que serão imunizados com a vacina contra SARS-CoV-2 também poderão ser vacinados para influenza e pneumococo? Para explicar melhor tudo isso, o Tarde Nacional conversou com a presidente da Comissão de Doenças Endêmicas da SBR e professora da Faculdade de Medicina de Barretos/SP, Gelcimara Pileggi.
De acordo com a entrevistada a recomendação ainda não é absoluta, dado a ausência de evidências publicadas, até agora, sobre segurança e eficácia das vacinas contra SARS-CoV2 nesta população. Na entrevista, ela explica a relação entre a covid-19 e os pacientes reumáticos. “O grupo prioritário, no geral, é de idosos, obesos. Mas quanto aos reumáticos é preciso separar. A gente tem que começar a funilar um pouquinho. O que chama mais a atenção são as doenças reumáticas que tem alteração da imunidade”, pondera a médica.
Como não há dados mais efetivos sobre quem tomou a vacina, Gelcimara recomenda para que todos se vacinem mas não deixem de continuar seus autocuidados e continuem com todas as medidas protetivas. “Esse é o colapso da saúde. Está todo mundo voltado a atender covid -19 e as outras doenças estão caindo no esquecimento. Muitos pacientes, por exemplo, deixando de ser diagnosticados no tempo adequado”, alerta a especialista.
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