Cerca de 80% da população mundial sentirá dor na coluna em algum momento da vida. A dor lombar é uma causa importante de afastamento do trabalho e de incapacidade física temporária ou definitiva.
A lombalgia, dor localizada entre as últimas costelas e a prega glútea, é o sintoma musculoesquelético mais frequente na população. Trata-se da segunda causa mais comum de procura por consultas médicas, atrás apenas do resfriado.
A Organização Mundial da Saúde estima que 80% da população mundial apresentará dor lombar em algum momento da vida. A boa notícia é que a maioria dos casos apresenta bom prognóstico e resolução espontânea. Cerca de 50% dos pacientes apresentam melhora em uma semana e 90% melhoram em até oito semanas. Entretanto, uma parcela menor, porém significativa de pacientes (5-10%) permanecem com dor por mais de 12 semanas (lombalgia crônica), com impacto relevante na qualidade de vida e na capacidade para o trabalho.
O diagnóstico é clínico. A maior parte dos casos não possui causa específica e é atribuída à sobrecarga musculoligamentar. Porém, os médicos devem estar atentos a sinais de alarme que remetem à necessidade de investigação adicional com exames de imagem e/ou laboratório. Entre os sinais de alarme encontram-se febre, perda de peso, antecedente pessoal de câncer, osteoporose, imunossupressão, uso de drogas endovenosas e dor de ritmo inflamatório com rigidez pela manhã.
Os médicos reumatologistas costumam estar atentos às diferenças entre a lombalgia mecânica e a lombalgia inflamatória. “Conhecer o ritmo da dor, se mecânica ou inflamatória, é importante para a investigação, diagnóstico e tratamento adequados”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Dr. José Eduardo Martinez.
De acordo com ele, a dor mecânica acomete qualquer idade, embora seja mais comum em pessoas após os 50 anos. Pode ser súbita ou insidiosa, piora com os esforços e alivia com o repouso. Tem como principais causas as contraturas musculares por sobrecarga e posturas inadequadas e também sobrecarga das articulações e dos discos entre as vértebras.
Já a dor inflamatória pode estar relacionada a outras condições, como as espondiloartrites (espondilite anquilosante, artrite psoriásica, artrite reativa, artrites em doenças inflamatórias intestinais). Este grupo de doenças autoimunes pode acometer a coluna e causar dor, rigidez e redução de mobilidade, explica o coordenador da comissão de Coluna Vertebral da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Dr. Rafael Alves Cordeiro. “A dor inflamatória pelas espondiloartrites costuma ter início antes dos 45 anos e, diferente da dor mecânica, não melhora com o repouso. Geralmente o paciente acorda com dor e rigidez pela manhã e, por vezes, levanta-se antes do horário programado em função do desconforto que piora em repouso”, alerta o especialista. “A rigidez matinal pode demorar mais de uma hora para melhorar. E mesmo quando o paciente permanece com dor ao longo do dia, ele nota algum alívio ao caminhar e ao se movimentar”, completa.
O reumatologista Rafael Cordeiro destaca ainda que os exercícios são aliados importantes no tratamento das dores na coluna, mas que precisam ser devidamente orientados para que os pacientes não piorem por realizar exercícios inapropriados ou por executar os movimentos incorretamente. “O médico reumatologista é o clínico especialista em doenças que afetam o sistema musculoesquelético. É um especialista com visão ampla, que investiga e orienta o tratamento das diferentes causas de lombalgia e demais dores na coluna vertebral, tanto em jovens quanto em idosos”.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) disponibiliza gratuitamente uma cartilha sobre Coluna com esclarecimentos e orientações em linguagem simples e informativa para leigos. O material para download está disponível no site: www.reumatologia.org.br
Sobre a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) é uma associação civil científica de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 15 de julho de 1949, na cidade do Rio de Janeiro, pelos médicos Herrera Ramos, Waldemar Bianchi, Pedro Nava, Israel Bonomo, Décio Olinto e outros, tendo mantido desde então sua tradição científica, acompanhando e promovendo o desenvolvimento da especialidade no Brasil e com um importante papel também internacional, especialmente entre os países da América Latina. Filiada à Associação Médica Brasileira, conta em torno de 2 mil associados, congrega 26 sociedades regionais estaduais, assessorias e comissões científicas e representações em associações nacionais e internacionais e junto ao Ministério da Saúde. www.reumatologia.org.br | @sociedadereumatologia | @reumatologinsta
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