Reumatologista e professora titular da USP assume a cadeira 11 da ANM
A reumatologista, formada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e com fellowship em Reumatologia no Hospital for Special Surgery, da Universidade de Cornell, Dra. Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá foi empossada no último dia 3 de novembro como nova ocupante da cadeira 11 da secção de Medicina, da Academia Nacional de Medicina (ANM), sucedendo ao acadêmico José Rodrigues Coura, que faleceu em abril de 2021.
Com mais de 300 artigos publicados, também acadêmica professora titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dra. Eloisa Bonfá é a primeira reumatologista a ocupar uma cadeira como titular na Academia Nacional de Medicina. Eleita na presença de 67 Acadêmicos e oito votos por correspondência.
A Dra. Eloisa Bonfá é membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e titular da cadeira 14 da Academia Brasileira de Reumatologia (ABR).
Foi a primeira diretora clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) em 78 anos. Desde o início de 2020, a reumatologista Eloisa Bonfá está no centro do combate à pandemia no HCFMUSP, o maior complexo médico da América Latina e referência para a Covid-19, em São Paulo.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) parabeniza pela eleição e deseja muito sucesso à Dra. Eloisa Bonfá nas atividades na Academia Nacional de Medicina (ANM).
A SBR também saúda a Dra. Eloisa Bonfá, que assumiu no dia 10 de novembro a diretoria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), juntamente com o Professor Paulo Manuel Pêgo Fernandes, como vice-diretor, e o Prof. Roger Chammas, como chefe de gabinete.
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) tem pela primeira vez na história uma diretora mulher em seus 110 anos de existência.
Personalidade do Ano
A reumatologista recebeu o título de “Personalidade do Ano Hospitalar” sendo homenageada com o Prêmio Hospitalar 2022 – por sua significativa contribuição ao avanço da medicina, ao reconhecimento da comunidade médico-hospitalar à excelência do trabalho que ela e sua equipe vêm desenvolvendo, ao longo dos anos, em especial no enfrentamento à pandemia da Covid-19. A entrega do prêmio ocorreu na abertura da Feira Hospitalar 2022, em maio, pelo governador de São Paulo, Rodrigo Garcia.
“Represento os 22 mil colaboradores do Hospital das Clínicas, essa distinção significa um grande orgulho para a nossa instituição. Esse reconhecimento tem uma dimensão muito maior do que de apenas uma personalidade, representa a força de uma instituição inteira e a determinação da união dos profissionais do HC que, diariamente, correram risco de vida. Nesta guerra, compartilho esse prêmio com todos que lutaram ao meu lado”, disse Dra. Eloisa Bonfá, em fala de agradecimento durante a cerimônia, dedicando a premiação aos colaboradores do hospital.
Dra. Eloisa Bonfá liderou o combate à crise sanitária no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), tendo integrado o comitê de crise do hospital que, no início da pandemia, transformou o Instituto Central num espaço exclusivo para pacientes com Covid-19, transferiu o pronto-socorro e 35 clínicas especializadas para outras unidades, ampliou de 85 para 300 os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e aumentou de 4 mil para 6 mil os profissionais de saúde do hospital.
Durante as fases mais críticas, a médica motivou os colaboradores a superar o medo de infecção pela Covid-19, enfrentou protestos de médicos residentes e pediu doações para reforçar a atuação. A Dra. Eloisa Bonfá ativou o plano de desastre um mês antes do primeiro caso de Covid-19 ser diagnosticado no Brasil e antecipou a compra de luvas, máscaras e outros materiais de que precisariam para trabalhar.
Políticas Públicas
O Governo de São Paulo inaugurou no dia 8 de novembro, na capital, o novo Instituto Perdizes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). A unidade agora conta com 200 leitos, sendo 80 para pacientes em tratamento contra álcool e drogas e 120 para retaguarda do complexo HCFMUSP.
“Com este novo Instituto, vamos aprimorar o fluxo de atendimento aos pacientes de todo o nosso complexo, em um novo espaço com estrutura assistencial de internação e consultas ambulatoriais. Além disso, estamos oferecendo um serviço especializado e centralizado em dependência química, beneficiando o paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) que necessita deste tipo de assistência”, afirmou Eloísa Bonfá, presidente do Conselho Deliberativo do HCFMUSP.
Foto: Assessoria de Comunicação da FMUSP