Maio, Mês de Atenção Mundial para Espondilite Anquilosante1
- Enfermidade acomete adultos jovens, que estão no auge da vida produtiva. O primeiro sinal pode surgir no final da adolescência2.
- Cerca de 80% das pessoas podem ter dor nas costas pelo menos uma vez na vida3. Embora as dores provocadas por causas simples, como entorses ou estiramentos musculares, sejam mais frequentes, a dor lombar pode ser o primeiro às vezes único) sintoma de uma doença reumatológica crônica3.
- Não tem cura, mas tem tratamento, que inclui medicamentos e prática de atividades físicas4.
Tudo começa com uma dor nas costas, que melhora com exercícios físicos e piora com repouso. De modo lento e progressivo, a dor se espalha pelas nádegas até alcançar a parte posterior das coxas. Com a dor, vem a rigidez matinal que persiste por cerca de 30 minutos. Depois das costas, a doença pode atacar os quadris, joelhos, ombros e outras regiões do corpo2. Este é o perfil da espondilite anquilosante, uma doença inflamatória crônica de origem autoimune que afeta os tecidos conjuntivos, especialmente as articulações sacroilíacas (na região das nádegas), causando uma série de limitações2. Com o passar do tempo, os ossos das vértebras crescem e formam nódulos, fundindo-se uns com outros, causando rigidez e dificuldade de movimentos. O paciente pode ficar tão curvado que fica impossibilitado de olhar para frente (somente para baixo)4.
A espondilite anquilosante acomete principalmente adultos jovens do sexo masculino – é de quatro a cinco vezes mais frequentes em homens do que mulheres. Os primeiros sinais podem surgir no final da adolescência, sendo mais frequente entre 17 e 45 anos de idade1,2. A causa é ainda desconhecida — pode haver predisposição genética — e não há cura, mas há tratamento3.
“Mesmo no estágio inicial, a dor nas costas pode dificultar a realização das atividades rotineiras, obrigando o paciente a solicitar licença temporária das funções profissionais”, explica Dr. Ricardo Xavier, presidente da SBR. “Muitos pacientes sofrem com a perda progressiva de sua capacidade de trabalho, o que pode resultar em aposentadoria precoce”.
As dores, a rigidez articular e a perda gradual da mobilidade da coluna favorecem o surgimento de distúrbios mentais nos pacientes, principalmente depressão e ansiedade.
Diagnóstico e Tratamento: O diagnóstico é feito por um especialista (reumatologista), com base no exame clínico, histórico do paciente e teste de imagem por Raio-X – entretanto, acredita-se que quando o diagnóstico é confirmado por teste de raios-X, a doença já pode ter surgido há cerca de 7 a 10 anos3. O tratamento pode incluir medicamentos biológicos, sendo recomendável a pratica de exercícios físicos que promovam o fortalecimento muscular, alongamento e atividades aeróbicas. Os pacientes fumantes são incentivados a abandonar o tabagismo.
Para mais informação, baixe a cartilha sobre espondiloartrites, grupo de doenças da qual a espondilite anquilosante faz parte, em https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/espondiloartrites/
Referências
- Em https://spondylitis.org/events/world-as-day/
- Em https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/
- Em https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/
- https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1624-dia-mundial-esclarece-sobre-a-espondilite-anquilosante