Este relatório inclui a situação atual do registro (em outubro de 2017) e sua evolução.
O número de pacientes, tratamentos e de eventos adversos relatados tem sido crescente, conforme demonstrado nas figuras abaixo (fig 1 e 2):
Número total de pacientes, tratamentos e eventos adversos
Aumento do no de pacientes, tratamentos e eventos adversos por período
Os 32 centros participantes incluíram 3140 pacientes, relataram 4779 tratamentos e 5513 eventos adversos. A porcentagem de pacientes do sexo feminino, a idade e a duração da doença tem se mantido constante durante todo o período de observação (figura 3).

Figura 3
Praticamente o mesmo padrão se mantém para as comorbidades (figura 4), observando-se, entretanto, uma tendência de aumento no número de casos de hipertensão e diabetes.

Figura 4
Os diagnósticos mais frequentes também permanecem os mesmos com pouca ou nenhuma variação através dos anos apesar da aprovação dos imunobiológicos para diferentes doenças (figura 5). Nesta figura também estão discriminados o número de centros que tem se mantido constante nos últimos anos.

Figura 5
A evolução mais surpreendente ocorreu em relação aos DMARDs tradicionais, com a tendência do uso mais frequente do corticosteroide em relação ao metotrexato (62 vs 60%), e o uso menos frequente do antimalárico (de 26 para 15%) como pode ser observado na figura 6.

Figura 6
Quanto aos biológicos, razão deste registro, houve certa variação à medida que novos produtos se tornavam disponíveis, observando-se, porém, estabilização dos agentes biológicos com mais tempo de mercado (figura 7). O tofacitinibe, embora não seja um agente biológico foi incluído nesta figura. Por outro lado, observa-se a queda do número de pacientes ‘controles’, ou seja, em uso de DMARDs tradicionais que constituem importante população para estudos comparativos e de análise de eventos adversos.

Figura 7
Em relação às causas de abandono de tratamento, ineficácia ou perda de eficácia continua sendo a principal razão, seguida por eventos adversos, a maioria dos quais considerados não graves (figura 8). Quanto aos eventos adversos, as principais causas continuam sendo as doenças infecciosas, e, como pode ser observado na tabela 1 e 2, houve poucas alterações durante todo o período de acompanhamento.

Figura 8
Tabela 1 – causas dos eventos adversos
Tabela 2- Principais locais de infecção
É interessante observar que ao longo do tempo não houve mudança em relação às causas dos eventos adversos ou aos agentes causadores de infecções. Os dados deste registro demonstram consistência, indicando confiabilidade e robustez dos dados, refletindo a seriedade e compromisso dos investigadores.
Como objetivos para 2017-2018:
- incentivar a entrada de novos centros;
- incentivar o registro dos biossimilares;
- incentivar a inclusão de pacientes em uso de medicação convencional (manter um número adequado de pacientes na coorte controle);
- implantar a mudança para o novo protocolo, de acordo com a SER, sem perda dos dados e com a possibilidade de incluir dados de eficácia;
Parabéns Iêda, coordenadora do biobada, e demais investigadores pelo brilhante trabalho e pela persistência em produzir dados da nossa realidade. Abraços.
Gostei muito da atualização. Com 3140 pacientes já representa uma das maiores cohortes disponíveis. Acredito que esses dados refletem nossa experiencia de consultório, onde temops maior quantidade de leflunomida que em outros registros. Obrigado pelo tarbalho, que repercurte em todos nós. Abel Pereira de Souza Júnior